O leilão de petróleo realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), nesta quarta-feira (13), foi marcado por uma forte procura e disputa das empresas por áreas em diversas regiões do Brasil.
O 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão gerou um bônus total de R$ 421,712 milhões. Foram arrematados quase 32% das áreas: 192 blocos foram adquiridos de um total de 602. Ao todo, 19 empresas se comprometeram a investir no mínimo R$ 2,012 bilhões.
Na parte da tarde, o 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha, em áreas do pré-sal na costa do Sudeste, teve baixa adesão. Sem a participação da Petrobras, o certame teve apenas um dos cinco blocos arrematados pela BP Energy. O bônus foi de R$ 7 milhões e o investimento mínimo foi de R$ 360 milhões.
Com isso, o investimento mínimo total dos dois leilões chega a R$ 2,3 bilhões e o bônus foi de quase R$ 430 milhões, segundo a ANP. Nas áreas de concessão, Petrobras, Shell e Chevron levaram dezenas de blocos em alto-mar na Bacia de Pelotas, no Rio Grande do Sul. A novata Elysian arrematou 122 blocos nas bacias de Potiguar, no Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Sergipe-Alagoas. O certame contou ainda com a participação de companhias da Austrália, China e Noruega.
Petrobras
A Petrobras mostrou que está buscando explorar novas áreas de petróleo no Brasil. A estatal apostou suas fichas na bacia de Pelotas, em águas profundas no litoral do Rio Grande do Sul. A área é considerada de nova fronteira, pois ainda não há exploração. A estatal já havia perfurado águas rasas em Pelotas no início dos anos 2000.
No leilão, a Petrobras levou 29 blocos na bacia. Para isso, selou dois consórcios: um com a Shell (com participação de 30%) e a chinesa CNOCC (20%) – a estatal tem os 50% restantes; e outro apenas com a Shell (30%) – nesse caso, a Petrobras tem 70%.