A partir da próxima segunda-feira (1º), mais de 165 mil empresas conectadas à alta e média tensão (grupo A) poderão escolher o seu próprio fornecedor de energia por meio do mercado livre de energia. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quase 13 mil consumidores já solicitaram a migração junta à distribuidora.
A nova regra é fruto da abertura do mercado de energia elétrica, a maior do setor, após a Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, divulgada no fim de 2022. Entre as empresas que podem participar estão pequenas indústrias, padarias, hospitais, shoppings, redes de farmácias e supermercados, por exemplo. O número é considerável quando se considera que o mercado livre em janeiro de 2023 contava com cerca de 11 mil empresas e tem, atualmente, quase 38 mil consumidores.
Embora esse segmento exista no Brasil desde 1996, a regra que vinha vigorando até agora permitia acesso ao mercado livre apenas a grandes consumidores com demanda acima de 500 quilowatts (kW), geralmente contas de energia que ultrapassam R$ 150 mil por mês, limitando o acesso a menos de 38 mil empresas.
Com as novas regras, em vigor a partir da partir da próxima segunda-feira, clientes que pagam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por mês de energia elétrica têm a opção de ingressar no novo ambiente de contratação por meio dos comercializadores varejistas.