O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a dívida pública bruta brasileira vai subir de 84,7% do PIB em 2023 para 86,7% neste ano. E ela deve seguir numa crescente nos próximos cinco anos, até chegar a 93,9% em 2029.
A projeção do Fundo para o Brasil melhorou em relação ao último ano. Na edição de outubro do documento, a previsão era que o país encerrasse o ano passado com dívida de 88,1% do PIB, mais de três pontos percentuais acima do número que está na nova versão.
No longo prazo, a projeção também melhorou. A estimativa era que a dívida do país alcançasse 96% do PIB em 2028, último ano para o qual havia previsão. No relatório divulgado hoje, esse número caiu para 93,4%.
Apesar da melhora nas projeções da relação dívida/PIB do Brasil, ela ainda está muito acima da dos emergentes e em desenvolvimento, segundo o FMI. A previsão para esse grupo de países é de uma dívida de 69,4% do PIB neste ano e de 78,1% do PIB em 2029.
Para harmonizar os dados de vários países, muitos dos quais sem estatísticas detalhadas de suas contas públicas, o FMI considera um conceito mais amplo de dívida bruta, que inclui, por exemplo, empréstimos ao governo que tenham garantia (operações compromissadas, no jargão do mercado financeiro). São títulos, que no caso do Brasil, estão na carteira do Banco Central (BC).