Até o fim do ano, o Ministério da Previdência Social prevê triplicar a economia já obtida com o pente-fino nos pagamentos de benefícios iniciado em janeiro. O ministro Carlos Lupi afirmou que a pasta poupou R$ 750 milhões até o meio de maio. A avaliação é que seria possível obter mais R$ 2,25 bilhões, levando o total economizado no ano a R$ 3 bilhões com suspensão de benefícios por fraude ou erro.
Em um primeiro momento, esse deve ser o foco do Palácio do Planalto para conter o aumento de gastos e alcançar a meta zero nas contas públicas no ano que vem. Neste ano, Lupi prevê economizar de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões com todas as ações previstas.
Para 2025, ano em que o governo está sob pressão para fechar as contas, o ministro prevê que as ações devem colaborar para a economia de até R$ 30 bilhões calculadas pelo governo com o pente-fino em todos os benefícios, o que inclui outros auxílios pagos pelo governo que vão além do INSS.
Além das ações da Previdência, o ministro afirma que há parte relevante sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social, que está revendo o cadastro do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Bolsa Família. Há intenção de criar força-tarefa, com liderança da Advocacia-Geral da União (AGU), para recuperar dívidas previdenciárias. Segundo o ministro, o estoque é de R$ 2,3 trilhões.
Na Previdência, o ministro trabalha em três frentes em que, na sua visão, podem trazer economia aos cofres públicos. Na parte de combate a fraudes, o ministério montou força-tarefa com 274 servidores em janeiro para apurar fraudes documentais no pagamento dos 14 auxílios pagos pela pasta, como aposentadoria permanente e temporária, pensão permanente e temporária, auxílio-doença e BPC.