O BNDES captará o equivalente a cerca de R$ 4 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês). Na moeda chinesa, o valor da captação é de 5 bilhões de yuans.
O contrato de captação com o CDB, inédito porque é um empréstimo na moeda chinesa, está na lista de 37 acordos entre Brasil e China.
Como as demais captações no exterior que o BNDES costuma fazer, o empréstimo, que tem prazo de até três anos, vai compor seu funding, ampliando sua capacidade de emprestar, num momento em que há perspectivas de restrições no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte. Os recursos serão destinados ao financiamento de diversos setores da economia brasileira.
Menos dólar, mais moedas locais
O fato de que o empréstimo é na moeda chinesa é aderente à estratégia diplomática do Brasil de promover uma redução da dependência do dólar para as transações financeiras e comercias. Desde o ano passado, o governo Lula vem defendendo essa estratégia. O tema é discutido no âmbito do Brics, que reúne Brasil e China, e outros países emergentes.
Em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o banco brasileiro tem intensificado sua atuação internacional, buscando maior aproximação com diversas instituições de fomento para diversificar o funding e ampliar os investimentos no Brasil.