A economia brasileira cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024, na comparação com o segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3/12) pelo IBGE. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 3 trilhões. Foram R$ 2,6 trilhões vindos de Valor Adicionado (VA) a preços básicos, e outros R$ 414 bilhões de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
O crescimento do PIB brasileiro se iguala ao da China no período e só fica atrás de Indonésia e México entre os países do G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo).
Os setores que mais contribuíram para esse crescimento registrado entre julho, agosto e setembro no Brasil foram os serviços (alta de 0,9%) e a indústria (alta de 0,6%). Já o setor agropecuário recuou 0,9%. Já em comparação com mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 4,0%.
Há no entanto, uma preocupação com o aumento de preços no país. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu o patamar de 4,77%, puxada pelo aumento nos alimentos e nas tarifas de energia elétrica.
Mercado de trabalho aquecido
A ocupação segue em elevação em um cenário de taxa de desemprego baixa, ambiente que vem proporcionando altas reais expressivas do rendimento do trabalho. Com isso, a taxa de crescimento real da massa salarial se ampliou no primeiro semestre de 2024, mostrando alta superior às já significativas taxas dos últimos dois anos.
Atualmente, a taxa de desemprego no Brasil medida pelo IBGE está em 6,2% — o menor patamar já registrado. O relatório aponta que a soma da expansão fiscal com a elevação da massa salarial e o aumento do crédito tem impulsionado o consumo das famílias. Por conta deste cenário, o crescimento do PIB está mais relacionado à demanda interna do que ao cenário internacional, de acordo com o CNI.