Num ano em que o dólar superou R$ 6,20 e fechou com sua maior valorização anual desde 2020, os investidores que aplicaram na tradicional renda fixa tiveram ganhos expressivos.
Já na Bolsa de Valores, após uma euforia inicial que levou o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, a bater sua máxima histórica em agosto, 2024 termina com gosto amargo e uma perda anual de 10,36%.
Mas, o que esperar dos investimentos em 2025? Analistas afirmam que, assim como em 2024, a política fiscal do governo brasileiro dará a tônica dos negócios no Brasil. E o novo governo americano — Donald Trump assume em 20 de janeiro — também vai influenciar as cotações, nos Estados Unidos e aqui.
CDI
O CDI, principal referência para os fundos de renda fixa, subiu 10,88% em 2024. E os analistas projetam a aplicação como promissora também para 2025. No mercado de juros, pelas taxas embutidas nas negociações de contratos bancários, a previsão é que a Selic, que encerrou o ano a 12,25%, supere os 15% em 2025. O que ajuda a impulsionar as aplicações.
Criptomoedas
Além da demora na queda dos juros, a economia americana foi marcada, em 2024, por um frenesi com a inteligência artificial (IA), que ajudou as Bolsas nos EUA a alcançarem patamares recordes. No fim do ano, a vitória de Trump provocou um rali nas cotações do Bitcoin e de outros criptoativos, já que o republicano defende uma total desregulamentação desse mercado.
O Bitcoin, que começou 2024 valendo pouco mais de US$ 42 mil, alcançou a marca inédita de US$ 100 mil no fim do ano.
Poupança
Queridinha dos brasileiros, a caderneta de poupança rendeu pouco mais de 7% no ano— acima da inflação, que nos 12 meses até novembro era de 4,87% pelo IPCA. Analistas explicam que a simplicidade da aplicação traz conforto e segurança aos investidores, mas eles lembram que há investimentos igualmente seguros e mais rentáveis.