A economia brasileira gerou 1,69 milhão de empregos com carteira assinada em 2024, informou nesta quinta-feira (30) o Ministério do Trabalho. Essa é a diferença entre as contratações e as demissões.
Ao todo, segundo o governo federal, no ano passado foram registradas 25,57 milhões de contratações e 23,87 milhões de demissões.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os números mostram um aumento de 16,5% em relação ao ano de 2023, quando foram gerados 1,45 milhão de postos de trabalho. O resultado mostra que após dois anos de desaceleração, a criação de empregos formais voltou a ganhar velocidade em 2024.
Momento da economia
A melhora na abertura de vagas com carteira assinada, em 2024, em conjunto com a queda do desemprego acontece em um momento de forte aquecimento da economia brasileira.
A previsão de economistas do mercado financeiro é de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha registrado expansão de 3,5% em 2024, contra um crescimento de 3,2% no ano anterior. O resultado oficial do PIB do ano passado será divulgado pelo IBGE em 7 de março.
A força da economia, entretanto, também é apontada por analistas como um dos fatores que têm pressionado a inflação, que ficou acima da meta no ano passado ao somar 4,83%. O mercado de trabalho dinâmico, segundo o próprio Banco Central, responsável por conter a alta de preços, tem elevado a inflação do setor de serviços.
Por conta da economia em forte expansão, alta do dólar e aumento de gastos públicos por parte do governo federal, o BC tem elevado a taxa básica de juros da economia brasileira — justamente para conter as pressões inflacionárias. Nesta quarta-feira (29), subiu a Selic pela quarta vez seguida, para 13,25% ao ano.