O grupo Liberty Justice Center entrou com uma ação judicial nesta segunda-feira (14) para bloquear as tarifas recíprocas estabelecidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ação foi movida no Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, para bloquear a aplicação de tarifas abrangentes sobre parceiros comerciais estrangeiros, e argumenta que o presidente ultrapassou sua autoridade. O grupo agiu em nome de cinco empresas americanas que importam produtos de países alvo das tarifas, segundo a Reuters.
ONU pede revogação das tarifas para países pobres
Também nesta segunda-feira, a agência de Comércio e Desenvolvimento da ONU (UNCTAD) requisitou ao governo Trump que considere excluir as economias mais pobres das tarifas recíprocas.
Segundo a agência, o tarifaço “teria um impacto mínimo nos objetivos da política comercial dos Estados Unidos”. A UNCTAD diz que a pausa anunciada por Trump na semana passada ofereceu um “momento crítico para considerar a isenção” de economias pequenas e vulneráveis e países menos desenvolvidos “de tarifas que oferecem pouca ou nenhuma vantagem para a política comercial dos EUA, enquanto potencialmente causam sérios danos econômicos no exterior”.
Em um relatório de insights de política, disse que alguns dos países listados entre os 57 parceiros comerciais ameaçados com tarifas recíprocas acima de 10% “são muito pequenos e/ou economicamente pobres, com poder de compra muito baixo”.
De acordo com os cálculos da ONU, para 36 dos 57 parceiros comerciais listados, as novas tarifas gerariam menos de 1% das receitas tarifárias atuais dos EUA, e vários dos 57 parceiros comerciais alvo de Washington exportam commodities agrícolas que não são produzidas nos EUA — e para as quais há poucos substitutos.