Os preços de carne bovina, suína, café e arroz, que subiam persistentemente, caíram em abril sendo os principais responsáveis pelo resultado negativo de 022% do do IGP-10 neste mês.
O recuo do Índice de Preço ao Produtor Amplo (IPA) de 0,47% indica o início de uma fase de menor pressão inflacionária dos alimentos para o consumidor a partir de maio, diz André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre.
Ele explica, no entanto, que isso não significa que os preços retornarão aos patamares anteriores, mas o ritmo de alta vai desacelerar. Alguns produtos, ressalta, continuarão em escalada como é o caso do tomate e do leite. O primeiro afetado pelo calor extremo que antecipou a safra e agora diminui a oferta da fruta no mercado, e o segundo porque com a proximidade do outono as condições da pastagem pioram e reduz a produção do gado leiteiro.
Os dados divulgados nesta terça-feira mostram ainda que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,42% ante a uma alta de 1,03% em março. As maiores desacelerações foram nos grupos Habitação (2,77% para 0,31%), Transportes (1,03% para 0,39%), Alimentação (1,31% para 1,06%), Despesas Diversas (0,84% para 0,20%), Vestuário (0,24% para 0,02%) e Comunicação (0,40% para 0,29%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,98% para -0,69%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,51% para 0,59%) exibiram avanços em suas taxas de variação.