A projeção para a inflação ao fim deste ano se mantém numa curva de queda, foi reduzida de 5,24% para 5,20%, no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (30). Com esse resultado, já são dez reduções em 11 semanas.
Com o conflito no Oriente Médio, economistas previam a possibilidade de interrupção desse ciclo de queda. Especialmente pelos impactos no valor do barril do petróleo e no dólar. No entanto, após um salto inicial, o preço do petróleo se estabilizou e se mantém em patamar inferior ao do ano passado, antes mesmo da trégua firmada entre Israel e Irã.
A prévia da inflação de junho, o IPCA-15, divulgado na semana passada, apontou o aprofundamento da desaceleração, especialmente puxada por alimentos que tiveram recuo no preço diante do avanço da safra. O Índice de Preço ao Produtor Amplo, do IGP-M , teve variação negativa de 2,53%, o que indica que a inflação para o consumidor tende a cair mais à frente
Os analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central fizeram um ligeira revisão para baixo a expectativa para a cotação da moeda americana para este ano, de R$ 5,72 para R$ 5,70, e para 2026. de R$ 5,80 para R$ 5,79.
A expectativa para o crescimento do PIB foi mantida em 2,21% para este ano e ligeiramente elevada para o próximo ano para 1,87%. As estimativas para a Selic se mantiveram constantes em todos os cenários, 15% para este ano, 12,50%, em 2026, 10,50%, em 2027 e 10% no ano seguinte.