O retrato mais recente da economia indicou que o crescimento da China perdeu força depois que uma demonstração de vigor no início do ano. Os dados sugerem que as tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump estão lançando uma sombra sobre a segunda maior economia do mundo.
A economia da China desacelerou em todos os setores em julho, com a atividade industrial, os investimentos e as vendas no varejo decepcionando. A produção industrial cresceu no ritmo mais lento desde novembro, avançando apenas 5,7% no mês passado em relação ao mesmo período do ano anterior — abaixo das previsões.
As vendas no varejo subiram 3,7% em julho, na comparação anual, o menor avanço do ano e abaixo dos 4,8% registrados no mês anterior. A expansão dos investimentos nos primeiros sete meses do ano desacelerou para 1,6%, à medida que a contração no setor imobiliário se aprofundou. A taxa de desemprego urbano subiu mais do que o esperado, alcançando 5,2%.
O crescimento dos novos empréstimos – denominados em yuans – sofreu contração no mês pela primeira vez em 20 anos, evidenciando a fraca disposição para tomar crédito e gastar.
Embora haja muita incerteza quanto às perspectivas para o comércio global, a atividade industrial e a construção também foram afetadas por condições climáticas extremas. As perturbações em julho, causadas por altas temperaturas, chuvas excepcionalmente fortes e inundações em vastas áreas da China, agravaram o que tradicionalmente já é uma temporada fraca para a economia.