Automóveis, imóveis, e até eletrodomésticos, com a alta do preço do aço esses itens podem vir a ficar mais caros para o consumidor final
O custo do aço subiu 20% no mês de Abril, puxado pelos preços do carvão e do minério de ferro, suas matérias-primas. Um dos principais motivos é a guerra na Ucrânia, já que a Rússia é um importante exportador destes insumos e está sofrendo rigorosas sanções econômicas de diversos países, incluindo o Brasil.
O reajuste do preço do aço já está sendo repassado para a indústria, como a automotiva, linha branca e construção civil. O repasse ao consumidor final deve começar no mês de Maio.
A construção civil deve ser a mais impactada. A inflação do setor chegou a quase 30 % nos últimos doze meses, sendo o aço responsável por quase metade disso. Além disso, outros materiais essenciais para as construtoras também sofreram alta. O resultado disso é que nos próximos meses os imóveis estarão 8% mais caros.
No casos dos automóveis, o preço final também já pode ser calculado pelo consumidor final. A indústria automotiva usa, em média, 800 quilos de aço na construção de um veículo. Hoje 800 quilos de aço valem mil dólares. Se o preço subir 20 %, o carro ficará 200 dólares mais caro.
A indústria de eletroeletrônicos e eletrodomésticos ainda não tem definido quanto o aumento do aço irá impactar o preço final dos produtos. Por enquanto, boa parte do setor ainda tem estoque de aço no preço antigo e, por isso, o repasse ao consumidor deve ser sentido mais pra frente.