Um dos mais afetados pela crise da Americanas, o Banco BTG Pactual disse que decidiu reservar R$ 1,1 bilhão para possíveis perdas com inadimplência. Na primeira lista de credores divulgada pela Americanas, constava uma dívida de R$ 3,5 bilhões da varejista com o BTG.
De acordo com o CEO, Roberto Sallouti, a receita total do banco ficou em R$ 17,247 bilhões em 2022, uma alta de 24% em relação ao ano anterior. Mas, de acordo com os cálculos internos, se não fosse a inadimplência, o banco teria registrado receita de R$ 18,447 bilhões no ano passado, um avanço de 33%.
Ainda de acordo com Sallouti, o caso da Americanas é tratado como um evento específico de fraude.
O BTG saiu na frente nas críticas à empresa e a seus principais acionistas por tentarem minimizar o escândalo e fugir das cobranças com uma ação judicial. Bradesco, Itaú e Santander Brasil já divulgaram aumento das provisões em meio ao imbróglio, embora nenhum mencione a Americanas nominalmente em seus relatórios de resultados. O Bradesco, que assim como o Itaú optou por contabilizar integralmente sua exposição, reportou o maior montante de perdas esperadas com empréstimos: R$ 4,9 bilhões.