O banco Santander acusa a Americanas de tentar obstruir a busca e apreensão de documentos na sede da companhia no Rio de Janeiro. O banco obteve na Justiça de São Paulo a liberação para fazer buscas e apreensão como forma de criar provas antecipadas para ajudar na apuração das “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões, reveladas há cerca de um mês pela varejista.
O Santander é um dos principais credores da empresa, e diz que a Americanas não atua de boa-fé e “tenta, a todo custo, obstruir o andamento da busca e apreensão”.
Em resposta à Justiça, a varejista diz que tem postura colaborativa e de boa-fé “desde o início da diligência de busca e apreensão”. A companhia diz que apresentou lista de diretores, conselheiros e funcionários dos últimos 10 anos das áreas de contabilidade e financeira. E afirmou que a “pretensão do Santander extrapola os limites”.
A varejista classifica o pedido do banco como “absolutamente descabido”. Para a empresa, as diligências de busca e apreensão “não podem servir ao Banco Santander como instrumento de investigação civil, equiparando-se o autor desta ação ao Ministério Público ou à autoridade policial”.