Servidores federais pedem um reajuste salarial de 13,5%, a valer a partir de março deste ano. O percentual pleiteado é quase o dobro do oferecido pelo Ministério da Gestão e da Inovação no Serviço Público, de 8%.
Além da proposta salarial, os servidores também querem que o governo inclua, no acordo, o compromisso de equiparar até 2026 o valor do benefício concedido aos Executivo federal com o recebido pelos demais poderes. Hoje, quem trabalha na administração pública direta federal tem auxílio-alimentação de R$ 458 ao mês, enquanto funcionários do Legislativo e do Judiciário ganham R$ 1.182,74.
Para a correção salarial dos servidores, o governo federal tem à disposição R$ 11,2 bilhões. Segundo o governo, seria o necessário para garantir a recomposição de 8% e o aumento em R$ 200 do vale-alimentação dos servidores da ativa.
Para integrantes da diretoria do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), no entanto, se houver interesse do governo, há possibilidade de acomodar o percentual pleiteado pelos servidores a partir de remanejamentos no orçamento e uso de reserva de contingência disponível para órgãos federais.
Outra alternativa que será levada pelos servidores é a possibilidade de retirar do espaço disponível no Orçamento para reajuste a correção em 43,6% do auxílio-alimentação, que passaria de R$ 458 pra R$ 658. Cálculos feitos pelo Fonacate mostram que, só com essa medida, já seria possível acomodar mais 1 ponto percentual de reajuste a servidores, que subiria para 9%.