A UnitedHealth Group decidiu vender seus ativos no Brasil, com isso a Amil e a Americas Serviços Médicos estão à venda. Mas, na avaliação de analistas, não é o melhor momento para esse tipo de transação.
Para especialistas no mercado de saúde, o cenário atual para uma transação desse porte é menos favorável do que no passado. Após uma onda acelerada de fusões e aquisições no setor, as empresas estariam no momento de consolidar seus ativos, ainda endividadas, com pouco apetite para um negócio grandioso como esse.
Os negócios do grupo americano no Brasil foram avaliados pelo Bank of America (BofA) entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, de acordo com o jornal Valor.
A Amil é hoje a terceira maior operadora do país, com 3,1 milhões de usuários em planos médicos e 2,3 milhões em odontológicos, 19 hospitais e 52 unidades de atendimento, como ambulatórios e centros de diagnóstico. Já a Americas, também do grupo, tem 28 centros médicos e clínicas, sete centros de excelência e 12 hospitais.
Desde janeiro de 2022, comenta-se no mercado que o BTG teria sido contratado pelo UnitedHealth Group para capitanear a saída do grupo do Brasil. A decisão teria acontecido depois de resultados financeiros da empresa terem sido negativos. A Amil registrou, de janeiro a junho, prejuízo de R$ 866 milhões, depois de ter fechado 2022 com perdas de R$ 1,6 bilhão.