Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13), a inflação em 12 meses na Argentina ultrapassou os 160% em novembro, antes da desvalorização massiva da moeda executada pelo presidente Javier Milei, em seus primeiros dias de governo.
Os preços ao consumidor subiram 12,8% em novembro em relação ao mês anterior, acima da estimativa média de 11,4% dos economistas entrevistados pela Bloomberg. A inflação anualizada atingiu 160,9%, o nível mais alto desde o início da década de 1990, quando a Argentina saía de uma hiperinflação.
As medidas do novo presidente Javier Milei pra a recuperação de economia argentina já começaram. Milei decretou o fim do congelamento de preços de centenas de produtos, feito pelo governo anterior, e a desvalorização oficial do peso em 54%.
Além da desvalorização, o ministro da Economia de Milei, Luis Caputo, anunciou um pacote de medidas para cortar os gastos em um equivalente a 2,9% do PIB, a fim de alcançar o equilíbrio fiscal no próximo ano, incluindo o fim de subsídios cruciais para manter os preços da energia e do transporte. O novo governo reconhece que as medidas serão recessivas, mas promete que serão a última amargura que os argentinos terão que suportar para corrigir a má gestão econômica do governo anterior.