Os papéis da Gol despencaram 8,07%, chegando a R$ 5,92. A queda é uma reação de investidores à decisão da empresa de recorrer à Justiça americana em busca de proteção contra credores, com o chamado de Chapter 11, mecanismo similar ao da recuperação judicial no Brasil.
Desde que pediu a proteção, a companhia aérea perdeu R$ 217 milhões em valor de mercado. Atualmente, é avaliada em R$ 2,4 bilhões.
A empresa tem dívidas que somam R$ 20 bilhões. O banco americano BNY Mellon, o Comando da Aeronáutica, a Vibra (ex-BR) e a Boeing são os maiores credores. A lista, protocolada no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, inclui cerca de 30 empresas.
Nos últimos seis meses, a empresa tentou acordos para reestruturar sua dívida, mas acabou tendo que recorrer à recuperação judicial. Há expectativa de que a Gol receba em breve um financiamento no valor de US$ 950 milhões, que depende de aprovação judicial.
Mesmo durante esse processo, o CEO da companhia, Celso Ferrer, afirmou que seguirá focando na operação, atendimento ao cliente e programa de fidelidade. Além disso, declarou esperar que a Gol encerre seu processo de recuperação nos Estados Unidos em menos de 20 meses.