Começou a valer nesta terça-feira o novo preço do diesel. A Petrobras já havia anunciado um reajuste 8,87% no preço médio da venda do combustível para as distribuidoras. Esse foi o terceiro aumento do ano. O litro do diesel passou de R$ 4,51 para R$ 4,91. Com isso, o combustível acumula alta no preço de 47% desde janeiro.
Em ano eleitoral, o novo reajuste fez Governo tentar uma reaproximação com os caminhoneiros e estudar medidas pra aliviar o bolso desses profissionais – mais afetados com os constantes aumentos do diesel.
Entre as propostas apresentada está a correção mais frequente da tabela do frete, para acompanhar a correção dos combustíveis. Atualmente, há uma nova tabela a cada seis meses e uma obrigação para correções cada vez que o preço do diesel acumula alta de 10%. A tabela do piso mínimo do frete foi instituída na greve dos caminhoneiros em 2018. Os valores dependem do tipo de carga, eixos do veículo e distância.
Estão em estudo também ações para reduzir a burocracia e o custo para a categoria com registro na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), emplacamento de caminhões e emissão da carteira de habilitação, além da contribuição previdenciária sobre o frete.
Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o aumento acarretará a necessidade de reajuste adicional de, no mínimo, 3,10%, nos fretes, que deve ser aplicado “emergencialmente”. Em nota, a associação disse que é “imprescindível” que sejam repassados de forma imediata o acumulado dos aumentos de combustível para manter a saúde financeira das empresas.