Após um longo período fortemente impactadas pelas medidas de restrição devido à pandemia da covid-19, as companhias aéreas começam a reagir em 2022. No primeiro trimestre deste ano, a Gol e a Azul apresentaram o melhor resultado em três meses desde o início da pandemia. As duas empresas tiveram R$ 2,6 bilhões de lucro líquido cada, entre janeiro e março.
De acordo com a Gol, o número de passageiros transportados pela companhia cresceu 49,5%, para 6,7 milhões. O número equivalente a 73,4% do registrado no primeiro trimestre de 2019 (pré-pandemia). No caso da Azul, houve recorde histórico de receitas do primeiro trimestre em 2022. A Companhia totalizou R$ 3,2 bilhões de receita operacional, 74,9 % maior do que 2021 e 25,6% mais do que em 2019, antes da pandemia.
A Latam, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, conseguiu reduzir o prejuízo do fim de 2021. No primeiro trimestre de 2022, o prejuízo foi de R$ 1,7 bilhão. No último trimestre de 2021, esse valor era de R$ 15,1 bilhões. A Gol, a Azul e a Latam representam 99,6% do mercado doméstico brasileiro. No mercado internacional de transporte de passageiros, o percentual de participação é de 23,9%.
Transporte aéreo de passageiros puxa alta de serviços em março
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços no País cresceu 1,7% em março, na comparação com fevereiro.
Segundo o IBGE, a alta em março foi puxada pelo setor de transportes. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, disse que os transportes rodoviário de cargas e aéreo de passageiros foram os que mais influenciaram a alta.
Dentre os setores que mais influenciaram a alta dessa atividade está o rodoviário de cargas, especialmente o vinculado ao comércio eletrônico e ao agronegócio. É a principal modalidade de transporte de carga pelas cidades brasileiras e seu uso ficou ainda mais acentuado após os meses mais cruciais da pandemia. Outra influência foi o transporte aéreo de passageiro, não só por conta do aumento do fluxo de passageiros, o que gerou maiores receitas das companhias aéreas, mas também porque foi ajudado pela queda do preço das passagens aéreas observadas no mês de março, explicou Rodrigo Lobo – gerente de pesquisa do IBGE.