Uma nova pesquisa da série Genial/Quaest realizada com 105 executivos e economistas de fundos de investimentos com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro mostra que 90% do grupo reprova a atual gestão federal, contra só 3% que a consideram positiva. Em março, última vez em que a sondagem havia sido feita, eram 64% os que reprovavam a administração do governo Lula, e 6% a aprovavam.
A insatisfação com o governo está diretamente ligada à percepção sobre a economia, uma vez que 96% dos entrevistados consideram que a política econômica do país está indo na direção errada. E 88% projetam deterioração do cenário nos próximos meses, contra só 2% que acham que haverá melhora, e 10% que pensam que o quadro econômico permanecerá como está.
O pessimismo, claro, reflete também na avaliação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Caiu de 50% para 41% os que aprovam o desempenho do ministro, enquanto a taxa de reprovação dobrou: de 12% para 24%. São 61% das vozes do mercado financeiro que afirmam que Haddad tem hoje menos força do que no começo do mandato, 47 pontos percentuais a mais do que a taxa registrada em março.
A pesquisa confirma o que a disparada do dólar já sinalizava desde o pronunciamento feito pelo ministro na semana passada: que o mercado não ficou satisfeito com o pacote fiscal anunciado pelo governo. São 58% dos entrevistados os que consideram as medidas “nada satisfatórias”, enquanto 42% as avaliam como “pouco satisfatórias”. O grupo que classifica as ações como “muito satisfatórias” não alcançou sequer 1% das menções.