A China registrou em 2024 um nível recorde de exportações, o que lhe garantiu um superávit também recorde de US$ 990 bilhões. As exportações superaram pela primeira vez 25 trilhões de yuans (cerca de US$ 3,58 trilhões), o que representa aumento anual de 7,1%. As importações, por sua vez, totalizaram 18,39 trilhões de yuans (cerca de US$ 2,59 trilhões), alta de 2,3%.
A divulgação de números do comércio exterior ocorre uma semana antes da chegada do republicano Donald Trump à Casa Branca. O presidente eleito americano ameaçou impor tarifas sobre as exportações chinesas.
As vendas ao exterior representam um dos poucos pontos positivos no desempenho da segunda maior economia do mundo, que cresce lentamente, prejudicada pelo fraco consumo interno e por uma grave crise no endividado setor imobiliário.
Superávit imbatível
Segundo análise o jornal americano The New York Times, quando ajustado pela inflação, o superávit comercial da China no ano passado excedeu em muito qualquer outro no mundo no século passado, mesmo as de potências exportadoras como Alemanha, Japão ou Estados Unidos.
As fábricas chinesas estão dominando a produção global em uma escala não experimentada por nenhum país desde os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial.
O crescimento chinês, ainda segundo o NYT, atraiu críticas de uma lista cada vez maior de parceiros comerciais. Países industrializados e em desenvolvimento elevaram tarifas de produtos importados da China para conter as compras desses produtos.