A taxa de desocupação do Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho, chegando ao menor nível da série histórica, iniciada em 2012. Com isso, o número de desocupados chegou a 6,3 milhões, recuando 17,4% em relação ao trimestre anterior, e caindo 15,4% no ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira.
O rendimento médio mensal da população alcançou recorde em junho, chegando a R$ 3.477, renovando o maior patamar da série histórica. Já a massa de rendimento real habitual, indicador que mede a soma das remunerações de todos os trabalhadores, atingiu R$ 351,2 bilhões, também alcançando seu pico histórico.
Os resultados do trimestre encerrado em junho registraram recordes em diversos indicadores do mercado de trabalho. A taxa de participação na força de trabalho (62,4%), o nível da ocupação (58,8%) e o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,0 milhões, alcançaram os maiores números já registrados.
Recuperação no segundo trimestre
Segundo o IBGE, a queda do desemprego é explicada pelo aumento da população ocupada, que historicamente se recupera no segundo trimestre. Isso porque, após as dispensas das contratações temporárias nos períodos festivos do fim do ano anterior, o período de abril a junho têm uma retomada gradual, especialmente em setores que seguem o calendário escolar ou respondem à reorganização das atividades.
Serviços ligados à administração pública, saúde e educação foram os que mais puxaram o emprego. Outras atividades também contribuíram para o impulso no emprego. Houve uma retomada de postos na indústria, comércio, segmento de transportes, além dos serviços de informação, administrativos e financeiros, na passagem do primeiro para o segundo trimestre.
Informalidade nos menores níveis da série
A proporção de trabalhadores informais entre os ocupados chegou ao segundo menor patamar da série histórica, com taxa de 37,8%, totalizando 38,7 milhões de trabalhadores nessa condição. O indicador só é maior do que o observado em igual trimestre de 2020, quando a pandemia forçou a saída dos informais do mercado de trabalho. Por isso, a taxa de informalidade recuou para 36,6%.
O contingente de informais caiu, apesar do aumento de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada, que chegou a 13,5 milhões, e do aumento de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ. Este grupo, na comparação trimestral, incorporou 256 mil pessoas no período.