A desaceleração da inflação, num contexto de mercado de trabalho ainda bastante aquecido e renda em alta levou a confiança do consumidor a alcançar este mês o maior patamar desde dezembro de 2024. Pelo terceiro mês seguido o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo FGV Ibre, apresenta melhora: em novembro, a alta foi de 89,8 pontos. Apesar do avanço, o indicador ainda se mantém em patamar pessimista, pelo levantamento o otimismo só é alcançado quando o índice ultrapassa os 100 pontos.
Em novembro, o ICC registra uma elevação tanto na visão sobre a situação atual, que subiu de 1,8 ponto no mês, atingindo 84,8 pontos, maior patamar em 11 anos, quanto ao de expectativa futura , com alta de um ponto, para 93,8. Na avaliação de especialistas, a tendência é que a confiança do consumidor mantenha essa curva de melhora nos próximos meses. O cenário pode ser revertido à frente com a maior desaceleração da economia sob o impacto da política monetária contracionista, que tem mantido os juros básico da economia em 15% ao ano.
Nesta segunda-feira, os analistas ouvidos pelo Boletim Focus, do Banco Central, fizeram um novo ajuste para baixo da projeção para a inflação: de 4,46% para 4,45%, dentro do teto da meta para este ano.