O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira que “recursos extraordinários” vão bancar o pacote de bondades prometido pelo presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro anunciou medidas como a ampliação do Auxílio Brasil e a criação do “PIX Caminhoneiro” para os próximos meses. O pacote custará R$ 34,8 bilhões neste ano. De acordo com o ministro, os valores serão pagos fora do teto de gastos, regra criada para travar as despesas federais.
São recursos extraordinários não orçados, que não estavam no Orçamento. Tem entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões de dividendos. Houve R$ 26,7 bilhões que vieram de privatizações. Há recursos para não deixar afetar o resultado fiscal — disse Paulo Guedes.
A inflação, causada pela alta dos combustíveis e dos alimentos, é a principal preocupação da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro.
Pacote de bondades no ano eleitoral
A expectativa é que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que irá conter essas medidas seja votada nesta semana no Senado. Antes chamada de PEC dos Combustíveis, essa proposta está sendo ampliada para criar e ampliar benefícios em ano eleitoral.
O governo pretende aumentar o valor mínimo do Auxílio Brasil até o fim do ano de R$ 400 para R$ 600, dobrar o valor do vale-gás, criar um auxílio caminhoneiro de R$ 1.000 e compensar a gratuidade a idosos no transporte público.
Segundo integrantes da equipe econômica, a expectativa é que sejam usados R$ 17 bilhões de dividendos do BNDES, dividendos da Petrobras e mais R$ 26 bilhões decorrentes da privatização da Eletrobras.