O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve que agir novamente para controlar a inflação. Depois de aumentar os juros em junho na maior magnitude desde 1994, o presidente do Fed, Jerome Powell, deve aprovar outro aumento de 0,75 ponto percentual esta semana e sinalizar sua intenção de continuar subindo nos próximos meses. Powell disse que não restaurar a estabilidade de preços seria um “erro maior” do que empurrar os EUA para uma recessão.
Os membros do Fed, no entanto, continuam afirmando que podem evitar uma recessão e executar um pouso suave da economia. Eles argumentam que a economia tem forças subjacentes e expressaram esperanças de que a inflação possa diminuir tão rapidamente quanto aumentou.
Os traders do mercado futuro de fundos federais estão apostando que o Fed aumentará as taxas para cerca de 3,5% até o fim do ano, e de 1,5% para 1,75% agora, antes de começar a cortá-las no segundo semestre de 2023.
O que isso significa para o Brasil?
Devido ao tamanho da economia dos EUA, qualquer mudança na política monetária norte-americana afeta as economias ao redor do mundo, e o Brasil não é exceção. Quando os juros sobem, a tendência é de saída de investimentos de países emergentes, com os investidores buscando a segurança e rentabilidade dos Estados Unidos.
Economistas afirmam que é preciso tomar cuidado, pois as altas de juros devem piorar o desempenho da bolsa de valores no Brasil. A tendência é de 2022 ter um “dólar esticado e uma bolsa sofrendo mais.
O quadro de pessimismo global, apoiado em outros fatores além dos juros dos Estados Unidos, como o lockdown na China e guerra na Ucrânia, já fizeram o Ibovespa devolver quase todos os ganhos em reais de 2022, enquanto o real segue valorizado, mas novamente na casa dos R$ 5.