Os planos de saúde coletivos devem ter reajuste de dois dígitos pelo terceiro ano seguido. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre dezembro e fevereiro, o aumento médio foi de 15%. Em 2023, a alta foi de 14,38%. E 11,54% em 2022.
Analistas apontam como justificativa a escalada das despesas assistenciais, que passou a representar na receita de seguradoras, operadoras e cooperativas, a chamada taxa de sinistralidade. Ela bateu 87% no ano passado, recuando dos 89,2% de 2022.
O mercado tem 50,9 milhões de beneficiários, com 88,6% deles nos planos coletivos, entre empresariais e por adesão (vinculados a uma entidade de classe ou administradora de benefícios), segundo dados da ANS de fevereiro. Planos individuais e familiares têm reajuste limitado pela agência.
Estratégias para mitigar o aumento
A disparada das despesas vem da retomada de atendimentos represados na pandemia, inflação de custos e incorporação de tecnologias. Para mitigar a proposta de aumento, têm sido feitas revisões de contrato e usadas estratégias como adotar ou ampliar a cobrança de coparticipação e reduzir a rede de prestadores. As companhias optam por rebaixar o plano contratado para manter o benefício.
ANS
A ANS planeja implementar, até 2025, mudanças na regulação para melhorar a transparência do reajuste dos planos coletivos. Entre elas a padronização da memória de cálculo do reajuste, com itens mínimos a serem listados para explicar o percentual proposto à empresa-cliente. Uma fórmula única de cálculo de reajuste não está em discussão.Planos de saúde coletivos terão aumento de dois dígitos pelo terceiro ano consecutivo.