A inflação desacelerou na passagem de fevereiro para março e subiu 0,16%, registrando a menor variação para meses de março desde 2020. Os dados fazem parte do Índice Nacional de Consumidor Amplo (IPCA) e foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10).
O resultado veio abaixo do esperado. Economistas projetavam alta de 0,25%, segundo mediana das projeções compiladas pela Bloomberg. No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%.
Preço dos alimentos sobe e puxa resultado
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis registraram alta em março. A maior variação foi registrada no grupo Alimentação e bebidas, com alta de 0,53%. Em seguida aparece o grupo Saúde e cuidados pessoais, com avanço de 0,43%.
Em alimentos, os produtos consumidos no domicílio tiveram alta menos intensa neste mês, desacelerando de 1,12% em fevereiro para média 0,59% em março. Ainda assim, o consumidor está pagando mais caro em alguns produtos in natura e laticínios. A cebola ficou 15% mais cara, seguida do tomate (9,85%), do alho (7,90%), da banana-prata (7,90%) do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).
Já no caso do grupo Saúde, o aumento dos preços foi puxado pela alta do plano de saúde (0,77%) e dos produtos farmacêuticos (0,52%). Houve alta em medicamentos anti-infecciosos e antibióticos (1,27%), além dos analgésicos e antitérmicos (0,55%).
Veja o resultado dos grupos do IPCA:
- Alimentação e bebidas: 0,53%
- Habitação: 0,19%
- Artigos de residência: -0,04%
- Vestuário: 0,03%
- Transportes: -0,33%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,43%
- Despesas pessoais: 0,33%
- Educação: 0,14%
- Comunicação: -0,13%