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Mudanças climáticas pressionam petroleiras a investirem em mudanças

Diante das mudanças climáticas, que apontam para a necessidade de acelerar a redução da produção e do consumo de combustíveis fósseis, as empresas de petróleo e gás buscam alternativas para a transição energética.

Com investimentos bilionários em fontes renováveis e em pesquisa e desenvolvimento (P&D), elas apostam em projetos de energia solar e eólica, biocombustíveis e tecnologias como CCS — sigla em inglês para captura e armazenamento de carbono — entre outras.

A Petrobras, por exemplo, pretende investir US$ 11,5 bilhões (R$ 62,5 bilhões) em iniciativas do gênero, segundo seu Plano Estratégico 2024-2028+. Desse montante, US$ 5,5 bilhões (R$ 29,9 bilhões) irão para energias renováveis. Outros US$ 3,9 bilhões (R$ 21,2 bilhões) serão destinados à redução das emissões de operações. E ainda há US$ 1,5 bilhão (R$ 8,15 bilhões) para bioprodutos e US$ 700 milhões (R$ 3,8 bilhões) para P&D.

Um dos objetivos da companhia é chegar à neutralidade nas emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEEs) até 2050 e, até 2030, reduzir a quase zero a emissão de metano. As principais oportunidades, diz a estatal, encontram-se no biorrefino e nos bioprodutos, em projetos novos de CCUS (sigla em inglês para captura, armazenamento e uso de carbono), em P&D para hidrogênio de baixo carbono e em fusões e aquisições de geração solar e eólica.

Investir em conhecimento

Com apetite por projetos de biocombustíveis, tecnologias digitais, armazenamento de carbono, materiais sólidos para absorção de CO2, hidrogênio, entre outros, a ExxonMobil está aportando cerca de R$ 200 milhões em pesquisa, desenvolvimento e inovação em parceria com universidades e outras empresas. A expectativa é de que alguns projetos comecem a gerar resultados a partir de 2025.

Essas iniciativas acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e região Sul. No primeiro, os projetos contemplam as áreas de biocombustíveis, tecnologias digitais e armazenamento de carbono. Em São Paulo, os temas são hidrogênio, materiais sólidos para absorção de CO2, novos polímeros para o aumento da reciclagem e simulação de escoamento de óleo.

Já no Centro-Oeste, o foco é o desenvolvimento de biocombustíveis a partir da lignina (polímero natural presente em plantas terrestres). E, na região Sul, os estudos são sobre o depósito de sedimentos, armazenamento de CO2 em rochas ígneas, lubrificantes e uso de inteligência artificial para otimizar a distribuição de combustíveis, além da viabilidade de produção de biocombustíveis a partir de óleo reciclado.

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