Os agentes do mercado diminuíram suas projeções de inflação para este ano, de 7,96% para 7,67%. Esse número foi impactado por medidas recentes do governo, como a desoneração dos combustíveis, e pela possível aprovação da PEC Eleitoral.
O BC já admitiu que a meta de inflação para 2022, de 3,5% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, não será cumprida.
Já para o ano que vem, a expectativa dos especialistas é que a inflação volte a subir. A projeção para 2023 chegou a 5,09%, de acordo com o relatório Focus, publicação do Banco Central (BC) que reúne as projeções de bancos e corretoras.
Para controlar essa inflação, o mercado projeta que a taxa básica de juros, a Selic, termine este ano em 13,75%. Atualmente, está em 13,25% ao ano. Para o ano que vem, a perspectiva é de redução para 10,5%, seguido de novas reduções para 8% em 2024.
PIB
O mercado aumentou sua projeção de alta no PIB em 2022, de 1,51% para 1,59%. É a segunda alta seguida. Já para 2023, a projeção continua em 0,50%, o mesmo de três semanas atrás.
As projeções devem ser impactadas pela perspectiva de um cenário econômico global mais difícil para o próximo ano, com alta de juros e inflação em patamar elevado em grande parte dos países avançados.